PF apreende equipamentos de conselheira da OAB-SP e de advogados
17 de novembro de 2020, 17h32
A Polícia Federal apreendeu nesta terça-feira (17/11) computadores e celulares de uma conselheira da seccional de São Paulo da OAB, de um advogado e de um empresário.
Conforme a ConJur apurou, o pedido de busca e apreensão também abrange o advogado Anderson Hernandes, alvo de mais de 80 representações no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP e que passou a acusar seus julgadores. Ele mencionou à polícia o suposto pedido de pagamento de propina no valor de R$ 250 mil para encerrar os processos disciplinares a que responde no TED.
A investigação começou há dois meses, após o recebimento da queixa de Hernandes. Ele disse que foi procurado por um grupo composto por um empresário e dois advogados — sendo um deles do Conselho Seccional da OAB-SP.
Hernandes possui contra si 83 processos disciplinares no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP. Conforme o seu relato, a maioria foi instaurada em decorrência de representações de juízes alegando captação ilícita de clientes.
No entanto, ela alega que vem sendo perseguido em razão de sua atuação contumaz contra instituições financeiras. A reportagem também identificou um membro da Comissão de Prerrogativas da entidade que teria acompanhado pessoalmente uma das diligências da Polícia Federal. Ele, contudo, se negou a comentar o assunto.
Em nota, tanto a OAB-SP como o seu Tribunal de Ética e Disciplina afirmam que não foram alvos de busca e apreensão e que os feitos em tramitação no âmbito do TED seguem seu regular processamento em todo o estado de São Paulo.
A entidade também informa que determinou a imediata apuração interna sobre o caso e que está cooperando com as autoridades competentes.
O presidente do TED, Carlos Kauffmann, enviou ofício à delegada que investiga o caso, se colocando à disposição para colaborar com a elucidação do caso. Segundo ele, tanto a OAB-SP como o TED são os principais interessados na apuração dos fatos.
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