Polícia Federal faz nova operação contra ex-tesoureiro do PT
11 de fevereiro de 2021, 14h35
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11/2) uma operação que investiga suposto recebimento de propina de empreiteiras a pedido de João Vaccari Neto do ex-tesoureiro do PT.
Trata-se da primeira ação desse tipo no âmbito das investigações da autodenominada operação "lava jato" desde que a força-tarefa foi incorporada Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Os agentes da Polícia Federal cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em São Paulo — três na capital e dois em Pindamonhangaba, no interior do estado.
Um dos alvos da operação é o empresário Cláudio Mente. A PF investiga que ele teria recebido U$ 1 milhão de um representante de um estaleiro estrangeiro, em 2013, por meio de uma empresa offshore. Esse pagamento teria ocorrido a pedido de Vaccari.
Vaccari, que havia sido condenado pelo então juiz Sergio Moro em investigação do consórcio de Curitiba, recebeu indulto judicial em agosto do ano passado.
Por meio de nota, a defesa do ex-tesoureiro petista nega qualquer ligação com Mente e cita depoimento do próprio empresário em que ele nega qualquer relação entre a sua movimentação financeira e Vaccari Neto.
Leia abaixo a nota na íntegra:
A defesa do sr. João Vaccari Neto, diante da deflagração desta nova fase da operação “Lava Jato”, vem a público esclarecer que o sr. Vaccari nunca teve qualquer relacionamento com o sr. Cláudio Mente.
Aliás, o próprio sr. Cláudio Mente já prestou depoimento e esclareceu sobre isso e sobre a sua movimentação financeira, o que não diz respeito ao sr. Vaccari.
A afirmação e especulação de que o sr. Vaccari teria feito um pedido ao sr. Zwi, do grupo Kepels Fels, para que ele pagasse certa quantia ao sr. Cláudio Mente não retrata a verdade, pois o sr. Vaccari jamais fez qualquer solicitação referente à divida de campanha ou a qualquer outro título sobre esse tema, até porque, nunca cuidou de questões financeiras de campanhas políticas.
Mais uma vez se reitera que o sr. Vaccari confia na Justiça e acredita que a verdade prevalecerá.
São Paulo, 11 de fevereiro de 2021
Prof. Dr. Luiz Flávio Borges D’Urso
Advogado Criminalista
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