A mais recente edição da revista inglesa The Economist — apontada como a "bíblia" do mercado financeiro — traz texto sobre o fim do consórcio curitibano, autoproclamado operação "lava jato".

Valter Campanato/Agência Brasil
A publicação lembra que a chamada força-tarefa que levou milhões de brasileiros às ruas indignados, contribuiu para o impeachment da então presidente Dilma Roussef e garantiu a prisão de Lula foi encerrada quase em silêncio.
Segundo a The Economist, o impulso anticorrupção foi desfeito pela politização da Justiça. A revista lembra que o ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, não foi imparcial ao condenar o ex-presidente Lula a 12 anos de prisão pela acusação de ter recebido como propina o apartamento do Guarujá (SP) e que essa condenação impediu o petista de disputar a corrida presidencial de 2018.
O texto lembra que Moro assumiu o Ministério da Justiça no governo do então presidente eleito, Jair Bolsonaro, e que o novo mandatário que havia se apresentado como um ativista anticorrupção abandonou a agenda depois que promotores passaram a investigar um dos seus filhos.
Por fim, a publicação lembra que o problema da corrupção segue sendo uma das maiores batalhas da América Latina e que um exemplo disso são as alegações de compras superfaturadas de insumos médicos no combate à Covid-19.
Clique aqui para ler a reportagem no periódico britânico
Comentários de leitores
3 comentários
Consórcio de ctba morreu em silêncio
SALEM (Administrador)
Não posso concordar com morte e mesmo a morte deixa legados. O que está escrito, está escrito.
Nas entrelinhas
Cards (Outros)
Nas entrelinhas da materia, da a entender que a culpa por a operação Lava Jato ter saído das primeiras paginas de jornais e revistas, como um efetivo sério no combate a corrupção seriam do Presidente da Republica. Na minha opinião a meteria é tendenciosa, pois não representa a totalidade da verdade dos fatos. Houve excessos na Lava Jato, e isso não é novidade para ninguém, mas condenar e anular todos os processos seria também um absurdo. O combate a corrupção não precisa de holofotes nem de heróis; precisa de vontade dos órgãos responsáveis.
Somente para assinantes
Rejane G. Amarante (Advogado Autônomo - Criminal)
Nunca fui leitora assídua da famosa revista, apenas via algumas capas que eram divulgadas na internet desde a primeira década deste século. Lembro de uma capa que mostrava o Cristo Redentor "decolando", e outra, pouco tempo depois, que mostrava o Cristo Redentor despencando em queda livre. Não parece coisa séria. Soube que, há alguns anos, foi vendia para outro grupo e que as capas da revista suscitam "interpretações" de simbologia.
Não tenho nenhum interesse em assinar essa revista para ler a reportagem na íntegra.
A denomina força-tarefa "Lava Jato" pode ter terminado, mas o movimento que ela desencadeou está longe de desaparecer. Deslocou-se para outros setores.
Comentários encerrados em 05/03/2021.
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