Jardineiro de versos

Criminalista encontrou na poesia o caminho para lidar com a Covid-19

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14 de dezembro de 2023, 9h46

A possibilidade de abrir uma porta para outras vidas, sem que seja preciso sair da sua, é a definição do advogado Thiago Turbay para a poesia que ele costuma produzir. “É a minha terapia. Um diálogo comigo mesmo. Um jeito de manter a sanidade”, resume ele.

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Thiago Turbay decidiu revelar suas poesias no meio da crise sanitária

Turbay é advogado criminalista, sócio do escritório Boaventura Turbay Advogados. Ele concilia a rotina extensa de trabalho com a produção de poesias.

O hábito de escrever poemas não é novo, mas foi durante a crise sanitária provocada pela Covid-19 que ele criou coragem para mostrar seus escritos ao público. O criminalista mantém um perfil no Instagram em que registra sua produção literária.

“Sempre fui muito resistente (em mostrar suas poesias), mas tem sido muito gostoso. Estabeleci diálogos com outros escritores, com pessoas do Chile, da Espanha… E do Chipre.”

Os poemas de Turbay apresentam diferentes formas, e seu método de criação não segue um padrão estabelecido. Ele costuma anotar sempre que surge uma nova ideia. “Tenho pouco mais de dois mil versos e poemas. Minha preferência é por uma escrita mais rude, mais simples.”

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Turbay não liga muito para os aspectos estéticos da poesia: “Não é como se a poesia fosse uma roupa que eu visto e fico olhando no espelho. Ela vem de outro lugar para mim. Acredito que a gente se completa até nas nossas imperfeições. e a minha poesia reflete isso”.

Com uma produção tão prolífica, o caminho natural seria publicar ao menos uma parte de suas poesias em livro, mas a primeira obra poética de Turbay ainda deve esperar um pouco para nascer. “O importante é registrar os meus escritos, porque não registrar esses pensamentos poéticos seria uma ingratidão comigo mesmo. Se não registramos e cultivamos a poesia, ela some de você. Provavelmente vou juntar algumas poesias em livro, mas ainda não sei se irei publicar ou fazer uma produção restrita.”

Enquanto a poesia de Turbay não floresce nas páginas dos livros, ele continua cultivando-as no ambiente digital.

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