Fogo cruzado

Ministro da Defesa diz que fala de Barroso é "ofensa grave" às Forças Armadas

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25 de abril de 2022, 9h13

O general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ministro da Defesa, classificou como "ofensa grave" às Forças Armadas a fala do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, a respeito da integridade das eleições.

Marcos Corrêa/PR
Neste domingo (24/4), Barroso afirmou que as Forças Armadas são orientadas a desacreditar o processo eleitoral, sem mencionar o nome do presidente Jair Bolsonaro.

Para Oliveira, "afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro".

A nota afirma que as Forças Armadas atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral e apresentaram propostas à Comissão de Transparência das Eleições. "As eleições são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos."

Durante participação por videoconferência no Brazil Summit Europe 2022, Barroso, que é ex-presidente do TSE, voltou a dizer que os ataques ao processo eleitoral, especialmente os questionamentos sobre a segurança das urnas eletrônicas, são "totalmente infundados e fraudulentos". 

"Desde 1996 não tem um episódio de fraude no Brasil. E agora se vai usar as Forças Armadas para atacar? Gentilmente convidadas a participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo?", questionou.

Na visão do ministro, há atualmente no Brasil repetidos movimentos para jogar as Forças Armadas no "varejo da política". "Tenho uma expectativa de que as Forças Armadas não se deixem seduzir por esse esforço de jogá-las na fogueira das paixões políticas. Até agora, o profissionalismo e respeito à Constituição têm ocorrido".

Clique aqui para ler a nota do ministro da Defesa

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