Barroso envia pedido de apuração contra mentira de Bolsonaro sobre vacina e Aids
25 de outubro de 2021, 21h34
Parlamentares de oposição pediram ao Supremo que dê o processamento à notícia-crime contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, por declarações falsas que relacionam a vacina da Covid-19 à Aids. Pedem que o chefe do Executivo seja condenado pela prática de infração de medida sanitária preventiva e perigo para a vida de outrem, ambos os crimes são previstos no Código Penal brasileiro.
O relator da petição, ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou nesta segunda-feira (25/10) para manifestação da Procuradoria-Geral da República, já que cabe à PGR a investigação de políticos com foro privilegiado na Corte. Agora o órgão irá avaliar se há elementos para pedir uma abertura de inquérito para apurar o caso.
As declarações do presidente ocorreram em uma live na última quinta-feira (21/10) nas redes sociais Facebook, Instagram e Youtube, e os deputados ajuizaram a ação nesta segunda.
Os deputados sugerem também que o presidente seja enquadrado na Lei de improbidade administrativa e no de crime de responsabilidade.
Na transmissão, Bolsonaro mencionou uma mensagem falsa que dizia que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que as pessoas totalmente vacinadas estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) "muito mais rápido do que o previsto". Na noite de domingo (24/10) , o Facebook tirou a live do ar, que também foi removida do Instagram e do YouTube. O site de vídeos foi além e suspendeu a conta do presidente por uma semana.
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