Sem prioridades

MP questiona hospital da USP por desobediência a critérios de vacinação

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23 de janeiro de 2021, 16h16

O Ministério Público paulista pediu que a Secretaria estadual da Saúde se manifeste sobre a acusação de que o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo não estaria obedecendo aos critérios de prioridade estabelecidos pelo governo João Doria (PSDB) e vacinando profissionais que não estão na linha de frente do combate ao coronavírus. 

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
HC da USP não estariam respeitando critérios de vacinação
   Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A acusação foi feita por profissionais de saúde. Pelo menos 196 estudantes de um curso de pós-graduação da USP, por exemplo, foram convocados para a vacinação, embora não trabalhem diariamente no HC nem tenham contato direto com pacientes. 

"O Hospital das Clínicas, não obstante sua importância e o grau de excelência de seus profissionais, é apenas mais uma da extensa rede de saúde paulista, devendo se sujeitar a todas as regras e critérios definidos para a vacinação no estado de São Paulo, sem privilégios ou discrepâncias em relação aos parâmetros estabelecidos aos demais", afirmou no ofício a promotora Dora Martin Strilicherk. 

Em nota, o HC disse que vacinou 60% dos funcionários, que irá devolver 4,6 mil doses da Coronavac e que irá apurar casos que eventualmente estejam fora dos procedimentos de vacinação. 

Na quinta-feira (21/1), circularam informações dando conta de que além dos estudantes, profissionais de áreas administrativas ou que estão trabalhando em home office também receberam a vacina. 

Ao mesmo tempo, profissionais de outros hospitais públicos e de unidades básicas de saúde do estado, como Upas e UBSs, não receberam o imunizante. 

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