Cortes dos EUA voltam a tomar medidas de prevenção contra a Covid-19
3 de agosto de 2021, 10h25
Por um tempo, as cortes dos EUA relaxaram as medidas restritivas que foram impostas para conter a disseminação da Covid-19. Com parte da população vacinada, o número de casos vinha caindo consistentemente em todo o país. Os trabalhos estavam voltando ao normal, os julgamentos foram retomados e os juízes começaram a se livrar do acúmulo de processos. Essas eram as notícias animadoras.

A situação é mais grave nos estados do Sul, tais como Flórida (o pior caso), Tennessee, Mississippi, Louisiana, Carolina do Sul, Oklahoma. São todos estados dominados por republicanos-conservadores, que se opõem a toda e qualquer medida restritiva por uma questão ideológica — a de que têm a liberdade de escolha e de não aceitar imposições.
São nesses estados, principalmente, que as cortes, especialmente os tribunais federais, estão concentrando seus esforços para combater a disseminação da Covid-19. Para isso, estão reeditando as medidas restritivas de antes, como exigir o uso de máscaras em suas dependências, garantir o distanciamento social, manter um controle de quem foi ou não foi vacinado e estimular a vacinação.
Nenhuma corte decidiu, até agora, voltar a julgamentos virtuais, em vez de presenciais. Mas algumas cortes estão exigindo que todos os funcionários e todos os jurados sejam vacinados e usem máscaras. Outras cortes ainda não estão exigindo que seus funcionários sejam vacinados. Mas quem não for vacinado terá de fazer um teste de Covid-19 semanalmente e terá de usar máscaras.
O presidente da Associação dos Juízes Federais, juiz Richard Clifton, disse ao Law.com que cada corte poderá instituir seu próprio protocolo de segurança contra o coronavírus, porque os juízes devem levar em conta a situação, desafios e preferências de suas comunidades locais.
De uma maneira geral, os advogados apoiam os juízes que estão tomando medidas de restrição. E vão mais longe. A Associação de Advogados de Defesa Criminal da Flórida, por exemplo, quer que as cortes voltem a ter audiências virtuais. Alega que é melhor tomar medidas proativas agora do que ter de tomar medidas mais severas no futuro, com implicações adversas significativas no devido processo.
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