Júri absolve acusados de matar policiais após oito anos de prisão preventiva
6 de abril de 2024, 12h33
O tribunal do júri da 4ª Vara de Fortaleza absolveu no último dia 15 de março dois réus acusados do assassinato de três policiais militares após oito anos de prisão preventiva.
O caso ocorreu no dia 30 de junho de 2016. Na ocasião, um confronto entre criminosos e policiais militares resultou na morte de três agentes de segurança. O processo teve origem com base em uma denuncia anônima que dizia que um grupo teria se reunido em local incerto para “cometer uma parada” e indicou os nomes de dez pessoas.
Entre os listados estavam Fábio Oliveira e Fábio Jandson, que tiveram a prisão decretada — apesar de todos os policiais sobreviventes afirmarem que os criminosos tinham os rostos cobertos com balaclavas, usavam camisas de mangas longas, luvas e calça.
Durante o julgamento no tribunal do júri, a defesa sustentou que todos os exames realizados (papiloscópico, balístico e de DNA) em Fábio Oliveira deram resultados negativos. E que isso demonstrava sua inocência e mesmo assim a justiça cearense não o soltou.
A principal testemunha do Ministério Público foi o frentista de um posto de gasolina. Ele afirmou que estava muito nervoso quando prestou o primeiro depoimento e que, na ocasião, ficou quase 24 horas detido pelos policiais. Por fim, disse que relatou apenas o que os policiais o mandaram dizer.
Diante disso, Fábio Oliveira e Fábio Jandson acabaram absolvidos pelo conselho de sentença.
A banca defensiva foi coordenada pelo advogado Talvane Moura e teve a participação da filha de um dos acusados que presenciou a prisão do seu pai quando tinha apenas 15 anos de idade e que decidiu cursar Direito para provar sua inocência.
Clique aqui para ler a decisão
Processo 0011316-34.2022.8.06.0151
Encontrou um erro? Avise nossa equipe!