Festa da democracia

Abstenção nas eleições deve se manter em 20%, indica análise de dados

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1 de outubro de 2022, 18h14

A abstenção de eleitores nas eleições deste domingo (2/10) não deve mudar muito em relação ao que aconteceu em 2018, apesar do cenário pós-epidêmico e da acirrada polarização política. Ou seja, deve ficar em torno de 20%. A previsão é da empresa de análise de dados Bites, divulgada neste sábado.

Antônio Carreta/TJSP
Antônio Carreta/TJSP

A empresa buscou e comparou dados de pesquisas feitas nos buscadores da internet para identificar padrões de comportamento que podem anteceder o grau de abstenção no primeiro turno. Um deles é a pesquisa do valor da multa para quem não vai votar.

Segundo a Bites, as curvas de interesse no Google estão bem similares, o que pode ser um indicativo que a abstenção pode ficar próxima a última eleição presidencial que foi de 20,3%.

A empresa ainda elencou que todos os candidatos a presidente, exceto Lula, perderam seguidores no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube nas últimas 24 horas. Quem mais perdeu, no período de análise, foi Jair Bolsonaro, com 79 mil.

Ainda assim, essa alteração não chega a ter efeito relevante, uma vez que ele segue como candidato campeão de engajamento nas redes. Somados os quatro canais, Bolsonaro tem 49 milhões de seguidores. Lula, a título de exemplo, tem 17 milhões.

A Bites também destacou a forte presença digital dos candidatos a deputado federal por São Paulo Guilherme Boulos (Psol), Marina Silva (Rede), Carla Zambelli (PL), Eduardo Bolsonaro (PL) e Tiririca (PL), que devem ser puxadores de votos em seus partidos.

Segundo a empresa, Boulos chama maior atenção, seguido de Zambelli, Marina Silva, Eduardo Bolsonaro e, por último, Tiririca. O interesse em Boulos, por exemplo, é 3,5 vezes maior do que o filho do presidente da República.

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