Surto anticorrupção

Procurador que esfaqueou juíza permanece preso

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4 de outubro de 2019, 17h02

O procurador da Fazenda Matheus Carneiro Assunção, preso em flagrante por ter dado uma facada na juíza Louise Filgueiras, em São Paulo, deveria ser transferido para a unidade psiquiátrica da Penitenciária de Taubaté, no interior do estado.

A transferência, contudo, ainda não se concretizou, e o destino de Assunção é incerto. Por ser preso provisório, a 5° Vara de Execuções Penais do TJ-SP é rigorosa no cumprimento da Lei Antimanicomial (10.216/01) e indicaram um local adequado para a permanência do procurador.

Ele passou por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (4/10), e a juíza federal Andréia Sarney Moruzzi decidiu mantê-lo preso.

ConJur
ReproduçãoAto em solidariedade no Fórum Ministro Pedro Lessa, na avenida Paulista, em SP

Assunção foi preso em flagrante na quinta-feira (3), no fim da tarde, conforme revelou reportagem da ConJur. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio. A facada aconteceu no gabinete da juíza, que está convocada ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região para substituir o desembargador Paulo Fontes, de férias para um curso em Paris.

Segundo relatos de quem estava no tribunal na quinta, o procurador parecia em estado de surto. Intercalava frases sem sentido com frases sobre acabar com a corrupção. Chegou a dizer aos seguranças que o imobilizaram que queria ter entrado armado no tribunal para “fazer o que Janot deveria fazer”.

A defesa de Assunção é feita pelo advogado Leonardo Magalhães Avelar, do Cascione Pulino Boulos Advogados. Mais cedo, o criminalista disse que seu cliente havia sido “acometido por grave perturbação do estado mental”. Ele havia pedido a internação do procurador numa “clínica especializada, para tratamento e preservação de sua saúde física e mental”.

Clique aqui para ler o termo da audiência.

*Notícia alterada às 19h40 para correção de informações. 

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