Ciro Gomes pede voto "contra a intolerância", mas não apoia Haddad diretamente
27 de outubro de 2018, 18h08
Contrariando as expectativas da militância petista, Ciro Gomes (PDT) não declarou explicitamente apoio a Fernando Haddad (PT) para o segundo turno, embora tenha sinalizado que irá votar nele, e não em seu oponente, Jair Bolsonaro (PSL). Em vídeo publicado nas redes sociais, disse que não vai tomar um lado e participar da campanha "por uma razão muito prática", mas que não vai esclarecer agora.
Candidato derrotado à presidência, Ciro afirmou que é preciso "votar contra a intolerância".
"Quero que Deus abençoe essa grande nação para que todo mundo possa caminhar amanhã a votar compreendendo a necessidade de votar com a democracia, votar contra a intolerância, votar pelo pluralismo, mas ninguém está obrigado a votar contra convicções e ideologias", disse.
Logo após o primeiro turno, o pedetista declarou que não votaria em Bolsonaro: "Ele, não, sem dúvida". Durante a campanha, Ciro também disse que votaria em Haddad em um segundo turno contra o militar da rfeserva.
De acordo com Ciro, a partir de segunda-feira, Brasil precisa construir "um grande movimento que de um lado proteja a democracia, de outro lado proteja a sociedade mais pobre dos avanços contra os direitos".
Além disso, o pedetista reafirmou que é necessário proteger os interesses nacionais "contra a cobiça estrangeira". No vídeo, ele faz questão de dizer que "já havia avisado sobre tudo isso".
"Minha consciência me aponta a necessidade de preservar um caminho em que a população brasileira amanhã possa ter uma referência para enfrentar os dias terríveis que, imagino, estão se aproximando", declarou por fim.
Veja o vídeo abaixo:
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