Caça aos responsáveis

AGU pede ao STF prisão de Anderson Torres e combate a golpistas em todo o país

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8 de janeiro de 2023, 19h09

Em resposta aos ataques antidemocráticos praticados em Brasília por bolonaristas extremistas neste domingo (8/1), a Advocacia-Geral da União protocolou no Supremo Tribunal Federal um pedido de diversas medidas judiciais, entre elas a prisão do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que está nos Estados Unidos e teve sua exoneração anunciada neste domingo.

Wilson Dias/Agência Brasil
Anderson Torres foi ministro de Bolsonaro
e era secretário de Segurança do DF
Wilson Dias/Agência Brasil

Torres está na mira por causa de sua postura em relação às movimentações golpistas que culminaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, após hordas de manifestantes romperem bloqueio da Polícia Militar do DF na Esplanada dos Ministérios.

A atuação levou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), a anunciar a exoneração de Torres do cargo. E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto de intervenção federal na segurança pública do DF, para tentar conter os atos golpistas.

Ao STF, a AGU pediu a prisão em flagrante de todos os envolvidos nos atos criminosos, inclusive o secretário de Segurança Pública do DF. Requereu também a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país e a dissolução de ocupações nas imediações de quartéis e outras unidades militares.

A AGU alega na petição que os ataques contaram com "manifesta passividade e indício de colaboração ilegal de agentes públicos".

O documento ainda tem pedido de apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos. Ao longo do final de semana, foi noticiada a chegada de cerca de 80 ônibus repletos de bolsonaristas a Brasília.

Por fim, a AGU também acionou o Supremo para obrigar que as redes sociais suspendam a monetização de perfis e transmissões de usuários que possam promover, de algum modo, atos de invasão e depredação de prédios públicos.

Clique aqui para ler a petição da AGU

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