Gilmar Mendes pede providências do MP sobre procuradores da "lava jato"
6 de agosto de 2019, 16h07
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou, nesta terça-feira (6/8), que já está na hora de o Ministério Público tomar providências sobre a atuação de procuradores que atuam na operação "lava jato". O ministro se refere à nova leva de mensagens divulgadas pela imprensa.
Nas conversas, procuradores da "lava jato" se articularam para tentar achar algo que ligasse o ministro à operação. Segundo mensagens trocadas entre eles divulgadas pelo jornal El País Brasil, em parceria com o The Intercept Brasil, os procuradores queriam usar da investigação contra Paulo Preto, acusado de ser operador de propina para o PSDB, para chegar ao ministro.
"Eu acho que está na hora de a Procuradoria tomar providências em relação a isso. Tudo indica, à medida que os fatos vão sendo revelados, que nós tínhamos uma organização criminosa para investigar. Portanto, eles partem de ilações absolutamente irresponsáveis", disse o magistrado.
As mensagens também mostram que os procuradores, que chegaram a alegar a suspeição de Gilmar, também cogitaram de pedir o impeachment dele ao Senado. Desistiram quando a procuradora Laura Tessler disse ter ficado sabendo que o advogado Modesto Carvalhosa protocolaria um pedido de impeachment de Gilmar.
"A mim me parece que isso é revelação de um quadro de desmando completo. Revela a gestão da PGR [Procuradoria-Geral da República], e certamente vamos ter ainda surpresas muito mais desagradáveis. Temos que reconhecer que as organizações Tabajara estavam comandando também esse grupo [de investigadores]", disse
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