PGR denuncia Aécio por corrupção passiva e obstrução à Justiça
2 de junho de 2017, 18h51
A Procuradoria-Geral da República denunciou o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à Justiça. Também nesta sexta-feira (2/6), a PGR pediu a abertura de mais um inquérito contra o parlamentar para investigá-lo por lavagem de dinheiro. As ações são baseadas em acordo de delação premiada da JBS.

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A irmã de Aécio, Andrea Neves, o primo dele Frederico Medeiros e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima foram denunciados apenas por corrupção passiva. Todos são acusados de participar do esquema de pagamento de propina feito por executivos da JBS ao senador mineiro.
O dono da empresa frigorífica, Joesley Batista, gravou escondido uma conversa com Aécio em que o político pede R$ 2 milhões a ele porque estaria com dificuldade para pagar os advogados que o defendem em outros processos da “lava-jato”.
Além de Aécio, os outros três são acusados de operar o repasse da propina combinado entre o parlamentar e Joesley. Enquanto Andrea mantinha contato com executivos da JBS, Frederico foi o responsável por receber o valor em uma mala de dinheiro, e Mendherson, ex-assessor do senador Zeze Perrella (PMDB-MG), teria guardado parte do dinheiro, encontrado pela Polícia Federal na casa da sogra dele.
O ministro Marco Aurélio Mello analisará o caso. Ele se tornou relator desse inquérito semana passada, por meio de sorteio eletrônico, após o antigo relator, Luiz Edson Fachin, atender ao pedido da defesa do senador afastado e redistribuir a relatoria do caso.
Em entrevista nesta quinta-feira (31/5), Marco Aurélio sinalizou que deve levar questões relacionadas ao senador ao Plenário ou à 1ª Turma do Supremo, composta dos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
Desde a divulgação dos diálogos entre ele e Joesley, Aécio publicou um vídeo nas redes sociais e emitiu notas de esclarecimentos em que nega ter cometido qualquer crime.
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