Ação controlada

Luiz Edson Fachin homologa delação premiada de donos do frigorífico JBS

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18 de maio de 2017, 13h42

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, já homologou a delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (18/5) pelo gabinete do ministro.

A delação foi divulgada na quarta-feira (17/5) pelo jornal O Globo. É nela que Joesley afirma que o presidente Michel Temer o encorajou a comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). É também nela que estão gravações telefônicas em que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece pedindo suborno ao empresário.

Fachin informou nesta quinta que deferiu pedidos da Procuradoria-Geral da República para afastar Aécio e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) de seus mandatos para que não interfiram nas investigações. Foram indeferidos pedidos de prisão preventiva feitos pela PGR.

O ministro divulgou que tomou todas as decisões de maneira monocrática e não as submeteu ao Plenário para referendo. A PGR ou a as defesas dos envolvidos podem recorrer para que as decisões de Fachin sejam discutidas pelo Plenário ou pela 2ª Turma do Supremo.

Aécio e Loures não estão proibidos de frequentar o Congresso, mas não podem fazer nada que esteja ligado ao mandato, como participar de votações ou fazer discursos nas Casas.

Fachin informou que ainda há diligências em andamento e só depois de concluídas todas as etapas decidirá sobre o sigilo do processo. Antes disso, disse não poder divulgar nada, nem mesmo suas decisões e despachos.

A irmã e o primo do senador, Andrea Neves e Frederico Pacheco, foram presos nesta quinta-feira (18/5) por suposto envolvimento no esquema de repasses de propina ao parlamentar. Tudo foi autorizado pelo STF. 

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