Lula pede mais tempo para analisar dados que Odebrecht deu ao MPF
17 de outubro de 2019, 11h16
A defesa do ex-presidente Lula entrou com pedido na 13ª Vara Federal de Curitiba para prorrogar por mais 15 dias o prazo de análise do banco de dados dos softwares da Odebrecht que foram utilizados na denúncia que culminou na sua condenação.
A defesa, feita pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira, pediu para analisar os e-mails trocados por Marcelo Odebrecht que foram usados na denúncia e registros dos sistemas My Web Day, que contém toda a contabilidade paralela da Odebrecht, e Drousys, que registra a comunicação dessa contabilidade.
No acordo de leniência da Odebrecht, os dados que a construtora repassou para o Ministério Público Federal para serem utilizados na denúncia contra Lula foram retirados destes sistemas.
A equipe de Lula tem ido na sala cofre da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para analisar o material e tem até o dia 21 deste mês para concluir a pesquisa e fazer um relatório. Mas alega que são 80 milhões de itens e o tempo é muito curto.
"Até mesmo pelo senso comum, é possível verificar a impossibilidade de o Assistente Técnico da Defesa concluir as diligências na Polícia Federal e preparar seu Parecer até a data assinalada por este E. Juízo — o dia 21/10 — sem limitações relevantes e sem que haja considerável prejuízo para a análise que está sendo realizada, inclusive, como já dito, sobre a eventual violação da cadeia de custódia", afirma a defesa de Lula.
Clique aqui para ler a petição.
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