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Gabriela Hardt admite que usou sentença de Moro como "modelo" para condenar Lula

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1 de março de 2019, 16h53

A juíza Gabriela Hardt afirma que usou a sentença dada pelo então juiz Sergio Moro no caso do triplex de Lula como "modelo" para sentenciar o ex-presidente no processo do sítio de Atibaia. A magistrada afirma que os erros apontados pela defesa de Lula são apenas materiais, e que não afetam sua decisão. 

Gabriela divulgou na noite desta quinta-feira (28/2) uma nova versão de sua decisão, com correção dos erros. No mesmo dia, durante a tarde, a defesa do ex-presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal que acolha uma perícia que sustenta que a juíza copiou de forma indiscriminada a sentença de Moro, o que fere o direito de Lula ter um julgamento justo. 

A perícia aponta que elementos como espaçamentos e tipografias comprovam a cópia. Além disso, a juíza fala em "apartamento" quando julgava o caso do sítio, e cita corrupção ativa onde deveria ser passiva. 

A juíza diz que de fato usou a sentença de Moro como "modelo" e que o fez por conta do excesso de trabalho em caráter de urgência e também devido ao grande número de réus nas ações que julga. 

"Corrijo o erro material no item "d" do tópico IV – Disposições Finais – cujas redações inicial e final foram tiradas do documento 700003590925 do eproc, usado como 'modelo' neste ponto da sentença.  Assim, onde se lê "apartamento", deve-se ler "sítio", esclarecendo ainda que tanto o produto do confisco criminal como o valor mínimo para a reparação dos danos são devidos à Petrobrás", disse a juíza em sua retificação. 

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