"Tentativa criminosa de invalidar investigações", diz Moro sobre mensagens
2 de julho de 2019, 14h50
Há alguém com muitos recursos por trás das "invasões" aos celulares de envolvidos na "lava jato", com a intenção de invalidar condenações e impedir novas investigações. A declaração é do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nesta terça-feira (2/7), na Câmara dos Deputados.
"O que existe é uma invasão criminosa de hackers a aparelhos celulares de agentes públicos. Esses elementos probatórios que foram colhidos nem podem ser chamados de provas porque são ilícitos. Não está demonstrada a autenticidade dessas mensagens. O site se recusou a apresentar essas informações a uma autoridade independente. Poderia tê-lo feito desde o início", disse Moro.
Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site The Intercept Brasil, que apresentou mensagens trocadas entre o Moro, então juiz federal, e procuradores da operação.
Em 19 de junho, Moro compareceu a uma audiência na CCJ do Senado para tratar do mesmo tema. Na ocasião, disse que não tem nada a esconder sobre as conversas. Ele questiona o sensacionalismo e a deturpação de sentido das conversas. O discurso é semelhante nesta terça-feira.
"Não foi um adolescente com espinhas na frente do computador", disse. O ministro será ouvido hoje por quatro comissões da Câmara dos Deputados. São elas: a de Constituição e Justiça; de Trabalho; de Direitos Humanos; e de Fiscalização Financeira e Controle.
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