Desrespeito à Corte

Coletiva da força-tarefa da "lava jato" é uma afronta ao STF, afirma advogado

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19 de dezembro de 2018, 20h19

A entrevista coletiva que os procuradores da República que trabalham na "lava jato" concederam nesta quarta-feira (19/12) foi uma "afronta à soberania do Supremo Tribunal Federal". Quem diz é o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

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Coletiva dos operadores da lava jato é acinte ao STF, afirma Kakay

Durante a coletiva, o coordenador do grupo no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, afirmou que a liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, "consagra a impunidade". 

"Como é que pode procuradores da República de primeiro grau questionarem a decisão de um ministro do Supremo como se só existisse no mundo a 'lava jato'? Ou como se só a 'lava jato' tivesse importância?", questionou o advogado.

A decisão apontada por Kakay é do ministro Marco Aurélio que, no início desta quarta, suspendeu a execução antecipada da pena e mandou soltar todos os que estiverem presos nessa condição. A questão revogada nesta noite pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

Segundo Kakay, a manifestação dos procuradores contra a decisão demonstra uma "inversão absoluta dos princípios constitucionais que regem a Constituição Federal e que tem uma hierarquia". "Acima do ministro do STF que decide monocraticamente, há apenas o Plenário da Corte".

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