Ex-diretor da Petrobras será transferido de prisão
25 de abril de 2014, 22h25
Preso há 36 dias após ser alvo da operação lava jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deve deixar sua cela na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e ser levado para a penitenciária estadual de Piraquara, na região metropolitana da capital. A transferência foi autorizada nesta sexta-feira (25/4) pelo juiz federal Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no mesmo dia em que a revista Consultor Jurídico revelou a imagem de um bilhete em que Costa alega ter sido ameaçado por um agente da PF.
No texto manuscrito, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras relatou que, depois de sua defesa reclamar por melhores direitos na carceragem, um agente disse no último sábado (19/4) que ele “estava criando muita confusão” e seria transferido para o presídio federal de Catanduvas (PR). O bilhete de Costa foi fotografado por um de seus advogados durante visita feita nesta semana. A Superintendência da Polícia Federal no Paraná disse que vai apurar a denúncia.
Costa é engenheiro mecânico e assumiu em 2004 a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Hoje aposentado e consultor na área de petróleo e gás, ele teve o nome envolvido em operação que investiga suposto esquema de remessas ilegais e lavagem de dinheiro pelo doleiro Alberto Youssef. A PF afirma que, em um e-mail usado por Youssef, foi recebida nota fiscal de um veículo em nome de Costa, no valor de R$ 250 mil.
Moro, responsável pelo caso na Justiça Federal, é o mesmo magistrado que aceitou denúncia contra Costa, Youssef e outros oito investigados na operação lava jato. Ele considerou existirem elementos suficientes de crime, pois, segundo o juiz, Costa recebeu repasses de uma empresa liderada por Youssef enquanto ainda atuava na Petrobras. A defesa nega a prática de crimes.
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