Estratégia de defesa

Suzane renuncia oficialmente à herança dos pais

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19 de julho de 2006, 18h55

Os advogados de Suzane von Richthofen protocolaram, nesta quarta-feira (19/7), na 1ª Vara de Ofício e Sucessões do Fórum de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, pedido de desistência da herança do casal Marisia e Manfred. A desistência dos bens faz parte da estratégia de defesa.

Para o promotor Roberto Tardelli, “a ação não traz nenhum efeito para esse julgamento, porque não está juntada nos autos. Além disso, a renúncia é um ato unilateral. Não precisa de processo judicial. Também não impede o andamento da ação para deserdar Suzane, movida por Andréas”.

O julgamento de Suzane e dos irmãos Christian e Daniel Cravinhos entrou no terceiro dia, nesta quarta-feira (19/7), com a oitiva de testemunhas.

Depois dos depoimentos, pode ser feita acareação entre Daniel e Suzane porque os dois apresentaram versões diferentes na primeira fase do processo e se contradisseram quando foram ouvidos. Apesar de o Ministério Público ter feito o pedido, há a expectativa de que se desista do procedimento por considerar que a acareação perdeu a força com o depoimento das testemunhas.

O próximo passo é a leitura do processo. Como são 14 volumes, os promotores Roberto Tardelli e Nadir de Campos Júnior vão propor que sejam selecionadas as partes mais relevantes da ação.

O crime

Os três réus são acusados de planejar e matar os pais de Suzane na casa em que a família vivia, na zona sul da capital paulista. Suzane, Christian e Daniel estão presos. Foram denunciados pelo Ministério Público por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Christian Cravinhos, especialmente, também responde por furto no mesmo processo. O crime aconteceu em outubro de 2002.

A estratégia traçada pela defesa dos irmãos Cravinhos é a de que foi Suzane quem arquitetou o plano. Os advogados da jovem afirmam o contrário: para eles, Suzane sempre foi inocente e não poderia ter planejado o assassinato dos pais porque se relacionava muito bem com eles.

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