Meio de campo

Diretora da Gautama segue presa depois de depoimento no STJ

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26 de maio de 2007, 14h13

Depois de 8h de depoimento no Superior Tribunal de Justiça, Maria de Fátima Palmeira, diretora comercial da Gautama, permanecerá presa. A ministra Eliana Calmon decidiu também que ela deve aguardar no Tribunal até o final do depoimento de Zuleido Veras, dono da construtora, que terá início nesta tarde. Depois desta conversa é que será definida a manutenção ou não das duas prisões. Maria de Fátima e Zuleido Veras chegaram ao STJ algemados na manhã deste sábado.

Maria de Fátima é apontada pela Polícia Federal como intermediária no pagamento de propinas, além de viabilizar o direcionamento de obras públicas para a empresa. Desde segunda-feira (21/5), quando teve início os depoimentos no STJ, a ministra Eliana Calmon ouviu 33 pessoas. Destas, apenas Vicente Vasconcelos, diretor da empresa no Maranhão, permanece detido. Das 48 pessoas detidas na operação, apenas dez permanecem presas. Os envolvidos no esquema de fraude em licitações e desvio de dinheiro público são suspeitos de corrupção e tráfico de influência.

A empresa de Zuleido, eixo central do esquema, direcionava editais para fraudar licitações de obras no Governo Federal, nos estados e municípios, segundo afirma a PF. As transações eram feitas por meio de pagamento de propina a servidores, políticos e ex-políticos. Zuleido Veras foi preso na quinta-feira (17/5) pela Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal.

Os depoimentos no STJ devem perdurar pelo menos até segunda-feira (28/5) quando a ministra ouvirá Abelardo Sampaio Lopes Filho, engenheiro e diretor da Gautama; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora; Dimas Soares de Veras, funcionário e irmão do dono da empresa; Rodolpho Veras, filho de Zuleido; Tereza Freire Lima, funcionária da empresa e Henrique Garcia, administrador ligado à empresa.

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