Fórum de Taquarituba promove ação de jornalismo estudantil comunitário

O Poder Judiciário em Taquarituba (SP), em parceria com escolas estaduais e particulares da cidade, lançou o Projeto de Jornalismo Estudantil Comunitário. O objetivo é promover noções de cidadania e a interações entre jovens de várias classes sociais, combater o preconceito, estimular a reflexão sobre a importância do papel da imprensa na sociedade, além de incentivar o desenvolvimento de habilidades jornalísticas.

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Inicialmente estão envolvidos 30 alunos dos ensinos fundamental e médio. São cinco escolas estaduais de Taquarituba e uma de Coronel Macedo, cidade vizinha, além de duas escolas particulares, todos os estabelecimentos da região central da cidade e também da periferia.

O Projeto de Jornalismo Estudantil Comunitário foi desenvolvido em concordância com a Recomendação nº 136/2022, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orienta os tribunais que instituam e mantenham projetos permanentes junto às instituições de ensino para trabalhar temas como noções básicas de cidadania, direitos fundamentais e sociais e prevenção de conflitos, entre outros. Os conteúdos produzidos nas ações serão veiculados em uma plataforma online própria do projeto, que deverá ser batizada de Nós.

As atividades desenvolvidas abordarão temas relevantes para a comunidade. Os alunos também terão a oportunidade de aprender técnicas de reportagem, redação e edição de textos, além de participar de atividades práticas de cobertura de eventos e entrevistas.

De acordo com Diana Cristina Silva Spessotto, juíza titular da vara única da comarca de Taquarituba, o projeto de jornalismo estudantil comunitário é uma forma de promover a cidadania e o engajamento dos jovens na construção de uma sociedade mais informada e consciente. "O jornalismo é uma ferramenta fundamental para a promoção da transparência, da democracia e da justiça. Com esse projeto, esperamos contribuir para a formação de cidadãos mais críticos e participativos", afirmou a magistrada.

"O grupo é bastante diverso, com jovens de várias classes sociais, com mistura entre várias classes sociais. Conta com quem sabe escrever e quem tem dificuldades. Também estão incluídos no projeto cinco jovens em situação de acolhimento", explica Carlos Takashi Gomes Sato Netto, escrivão diretor do Ofício Judicial do Fórum de Taquarituba e integrante do projeto.

A iniciativa conta com a coordenação técnica do jornalista Edison Veiga, graduado em jornalismo pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), pós-graduado em edição pelo Centro de Extensão Universitária da Universidade de Navarra (Espanha), e autor de oito livros. Nascido em Taquarituba e hoje morando na Eslovênia, Veiga observa que a proposta quer que os jovens participantes do projeto "se tornem melhores cidadãos no futuro, pois tudo o que queremos desenvolver, juntos, é o espírito crítico e as habilidades de comunicação. Não importa a profissão que eles escolham abraçar, essas duas características serão muito úteis".

Nas primeiras reuniões de planejamento, de acordo com Carlos Augusto Pedroso, técnico do fórum e responsável pelo contato com as escolas, os jovens já demonstraram muita vontade de interagir. "O Judiciário está aqui para orientar. Queremos quebrar os ciclos de violência doméstica e social, os ciclos de vulnerabilidade", ressalta Sato Netto.

"Além disso, nesses tempos dominados por fake news e tanta desinformação, um projeto assim deve servir para a formação de pessoas com maior capacidade de comunicação ética e responsável, seja na produção de conteúdo, seja no recebimento de informações, com discernimento", avalia Edison Veiga.