Julgamento Suspenso

Ex-ministros da Justiça assinam manifesto pedindo julgamento da suspeição de Moro

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11 de março de 2021, 16h36

Sete ex-ministros da Justiça assinaram um manifesto pedindo que o Supremo Tribunal Federal retome o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos de Lula. 

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Ex-ministros da Justiça querem que STF retome suspeição de Sergio Moro

Aderiram ao texto ministros dos últimos quatro governos anteriores ao de Jair Bolsonaro. São eles: José Carlos Dias, José Gregori e Renan Calheiros (Fernando Henrique Cardoso); Tarso Genro (Lula); Eugênio José Guilherme de Aragão e José Eduardo Cardozo (Dilma Rousseff); e Torquato Jardim (Michel Temer).

O documento foi lançado nesta segunda-feira (8/3), originalmente com as assinaturas de políticos como Ciro Gomes, Rodrigo Maia, Eduardo Paes, Marta Suplicy e Aécio Neves. Artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil e Zeca Pagodinho também apoiaram a iniciativa. 

Os advogados Pedro Serrado, Marco Aurélio de Carvalho, Carol Proner e a desembargadora aposentada Kenarik Boujikian também estão entre os que assinaram o manifesto. 

"As violações ao direito a um julgamento justo não implicam em singelos desvios procedimentais, mas em severa lesão à própria democracia constitucional", diz trecho do texto. 

Suspeição
A 2ª Turma do STF retomou o julgamento da suspeição na terça-feira (9/3). Nele, os ministros decidem se Moro deve ser considerado suspeito pelo julgamento e sentença de Lula no caso do tríplex do Guarujá.

Há também pedidos de extensão para que a suspeição seja aplicada aos processos do sítio de Atibaia e em duas ações envolvendo o Instituto Lula. 

Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia já haviam votado contra a suspeição em 2018. Gilmar Mendes deu voto vista favorável à suspeição e foi seguido pelo ministro Ricardo Lewandowski. Nunes Marques, o mais novo integrante da corte, no entanto, pediu vista.

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