Conduta "repugnante"

Senador Jorge Kajuru é condenado por chamar Boris Casoy de "pedófilo"

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15 de dezembro de 2020, 12h12

A juíza Tatiana Franklin Regueira, da 15ª Vara Criminal de São Paulo, condenou o senador Jorge Kajuru (Cidadania) a um ano e dois meses de prisão, em regime aberto, além do pagamento de multa, por ter chamado o jornalista Boris Casoy de "pedófilo". A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência SenadoSenador Jorge Kajuru é condenado por chamar Boris Casoy de 'pedófilo'

Consta dos autos que, em junho de 2013, Kajuru postou em suas redes sociais que Boris Casoy "levaria menores de idade para casa para praticar atos de pedofilia". A declaração foi replicada em um vídeo no canal de Kajuru no Youtube. Na época dos fatos, ele ainda não era senador.

"A conduta imputada deveras repugnante no meio social foi acompanhada de diversos termos ofensivos em desfavor de pessoa notoriamente conhecida que exerce função jornalística, ou seja, que depende de sua credibilidade pessoal", diz a sentença, publicada no dia 9 de dezembro. 

Kajuru foi condenado pelo crime de difamação e cabe recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Procurado pela reportagem da Folha, o senador ainda não se manifestou sobre a sentença.

Reincidência
Em abril deste ano, Kajuru já tinha sido condenado a pagar R$ 50 mil para Boris Casoy por ofendê-lo em um post no Twitter. A decisão, unânime, é da 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Durante as eleições de 2014, Kajuru usou o Twitter para insinuar que Boris recebeu dinheiro para fazer campanha. Ele questionou: "E o Sr. Bóris poderia responder quanto faturou de FHC e sua tropa para fazer ataques pessoais ao Lula".

Em primeiro grau, a ação por danos morais havia sido julgada improcedente. Ao analisar o caso, o relator, desembargador Salles Rossi, afirmou que Boris foi alvo de expressões "nitidamente ofensivas".

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