Resistência institucional

É inadmissível banalizar ataques à democracia, dizem Maia e Marcos Pereira

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26 de novembro de 2019, 11h17

A apropriação indevida de narrativas autoritárias não pode ser banalizada, porque a prática ameaça a democracia. Esse foi o tom dos pronunciamentos do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira.

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Seminário "Política, Democracia e Justiça": Marcos Pereira, Rodrigo Maia e Márcio Chaer
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"Para mim, é um misto de indignação e perplexidade termos que estar reunidos para reforçar a democracia e repudiar sugestões autoritárias que surgiram de onde não deveriam partir. 30 anos depois da Constituição Federal, é de supor que nossa nação chegue a vida adulta. É hora de assumir responsabilidades de adulto", afirmou Marcos Pereira, na abertura do seminário Política, Democracia e Justiça.

"Muito me espantou e consternou na manhã de hoje, quando abro um jornal e vejo entrevista do ministro da economia sugerindo a mesma coisa: volta de mecanismos de censura e perseguição política em situações que nós do Brasil não podemos em momento algum aceitar", afirmou. 

Para o parlamentar, "não faz sentido uma pessoa se dizer conservadora e atacar instituições. É uma desconexão conceitual muito grave, mas não podemos deixar de vigiar. O compromisso programático de defender a democracia, as instituições com responsabilidade e reagir com força a qualquer tentativa de vilipendiar a CF", informou. 

Maia falou em seguida e opinou que "o AI-5 não pode virar "bom dia"", e que, para isso, é preciso encontrar instrumentos para fortalecer as instituições, para o que o Legislativo tem papel decisivo.

"A revolução tecnológica, as mudanças que o mundo vive, vêm contestando a democracia liberal. Os radicais e autoritários não são nem de direita nem de esquerda, autoritários são antissistema", avaliou o presidente da Câmara. Nesse contexto, parece que extremos da política "estão se preparando mais para uma briga campal do que para uma disputa eleitoral".

Clique aqui para ler o discurso de Marcos Pereira.

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