11 dias de conversa

Presos da "lava jato" foram grampeados ilegalmente, mostra análise da PF

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11 de julho de 2019, 21h08

Uma análise feita pela Polícia Federal mostra que foram gravadas 260 horas (cerca de 11 dias) de conversas de presos da "lava jato" de forma ilegal em 2014. Nos áudios, foram identificadas as vozes dos doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodama, e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O relatório da PF, obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, faz parte de uma apuração feita entre 2015 e 2016, depois de Youssef ter encontrado um aparelho dentro da cela e denunciado a escuta ilegal.

Segundo a Folha, em 27 de junho deste ano, Youssef prestou depoimento na Polícia Federal de São Paulo sobre o caso, no âmbito do processo administrativo contra o agente responsável pela instalação dos equipamentos de escuta.

O advogado de Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, disse ao jornal que não sabia da existência da perícia e que a polícia negou o acesso da defesa às sindicâncias.

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