Parecer suspeito

Procurador do Estado do Rio é preso para MPF colher depoimentos

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1 de julho de 2019, 12h36

O procurador do Estado do Rio de Janeiro Renan Saad foi preso temporariamente nesta segunda-feira (1/7) para que o Ministério Público Federal possa colher depoimentos de pessoas subordinadas a ele. O procurador é acusado de ter recebido dinheiro para dar um parecer que, segundo o MPF, beneficiou a Odebrecht e outras empresas ligadas ao ex-governador Sérgio Cabral.

Divulgação/MetrôRio
Procurador é suspeito de ter recebido propina nas obras da Linha 4 do metrô.
Reprodução

O MPF suspeita que ele tenha recebido mais de R$ 1 milhão em propina para dar parecer de interesse do Consórcio Rio Barra, responsável pela obra da Linha 4 do metrô da capital fluminense.

De acordo com o MPF, Saad assinou parecer que avalizou um novo traçado da Linha 4 do metrô. Segundo o órgão, a alteração "beneficiaria a organização criminosa vinculada ao ex-governador Sérgio Cabral". Preso há dois anos e sete meses, Cabral já possui nove condenações em processos que se desdobraram da “lava jato”. Suas penas somam quase 200 anos de prisão.

Segundo o MPF, Saad recebeu R$ 1,2 milhão da Odebrecht, uma das construtoras que integraram o Consórcio Rio Barra. Um executivo da empreiteira informou que ele era registrado com o codinome Gordinho no sistema Drousys, que era usado para as comunicações internas relacionadas às propinas.

A PGE-RJ divulgou nota informando que já apura o caso internamente para a adoção das medidas disciplinares cabíveis. De acordo com o órgão, "os fatos dos quais o procurador é acusado remontam ao período em que ele estava lotado como assessor jurídico chefe da Secretaria de Transportes, nomeado na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, cargo do qual foi exonerado em junho 2012". Com informações da Agência Brasil.

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