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Após 38 anos com o mesmo presidente, CNC elege José Roberto Tadros para o cargo

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27 de setembro de 2018, 16h44

O empresário José Roberto Tadros foi eleito presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quinta-feira (27/9). Ele é o atual presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM), e assume o comando nacional no dia 19 de novembro.

O resultado da votação foi de 24 votos favoráveis à chapa da situação, apoiada pelo atual presidente do CNC Antonio Oliveira Santos, e 4 contrários. "A eleição ocorreu de forma democrática e transparente, com a vitória do grupo que consolidou apoio da maioria das federações que integram o Sistema Comércio", disse a entidade em nota. 

Segundo Antonio Oliveira, que está à frente da associação desde 1980, “o processo eleitoral foi realizado sob o mais rigoroso respeito ao rito estatutário". As manifestações acerca da legitimidade das eleições são decorrentes de uma série de processos que questionam a validade do pleito após impugnações contra integrantes da chapa vencedora. 

Na última segunda-feira (17/9), o Ministério Público de Contas chegou a pedir ao Tribunal de Contas da União que suspendesse as eleições após representação ajuizada pela Fecomércio do Distrito Federal a respeito da situação de inelegibilidade de quatro integrantes da chapa da situação que incluem, além José Roberto Tadros, os vices Lázaro Luiz Gonzaga, Luiz Gastão Bittencourt da Silva e Francisco Valdeci de Souza Cavalcante.

De acordo com a CNC, Tadros "seguirá ampliando sua presença no debate nacional, com propostas concretas para atuar de forma assertiva no fomento ao desenvolvimento do Brasil por meio do fortalecimento do comércio". Segundo o próprio presidente eleito, o objetivo é “dar sequência ao projeto de modernização, permitindo consolidar os avanços conquistados pela CNC e ampliar sua força e relevância”.

Oposição
A chapa oposta à vencedora, cabeceada por Adelmir Santana, atual presidente da Fecomércio do Distrito Federal, divulgou nota afirmando que a eleição teve "graves vícios" e que ela pode ser anulada judicialmente. 

Segundo a declaração, o grupo "continuará buscando a retomada, pela CNC, de seu papel institucional, representativo e sindical". Eles ressaltam que ações continuam tramitando no Judiciário questionando "a legalidade e a moralidade dessas eleições". 

A chapa CNC em Ação ainda reafirmou sua "crença" de que as futuras decisões "irão restabelecer a segurança jurídica na gestão da maior entidade do Sistema S do Comercio no Brasil". Eles lembram que a entidade é "responsável por administrar um orçamente superior a R$ 11 bilhões, em recursos públicos e privados, na condição de representante máxima do maior setor da economia brasileira".

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