Advocacia 2018

Inserção no mercado de trabalho é gargalo da advocacia, diz presidente da OAB-AM

Autor

2 de janeiro de 2018, 8h30

A inserção no mercado de trabalho é o maior problema enfrentado pelos advogados no Amazonas, segundo o presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no estado, Marco Aurélio Choy.

Câmara Municipal de Manaus
Câmara Municipal de Manaus

"Mesmo com um exame de Ordem bastante rigoroso, muitos profissionais entram para os quadros da OAB todos os anos e isso resulta numa dificuldade muito grande de se posicionar dentro do mercado", explica.

Sobre o impacto da reforma trabalhista nas bancas, Choy prega cautela, principalmente porque a lei é muito recente. Mas ele alerta que é preciso monitorar as mudanças que virão, pois o filão trabalhista "responde pela fatia mais significante do mercado de trabalho da advocacia amazonense".

Leia a entrevista:

ConJur — Quais são os principais gargalos da advocacia em seu estado?
Marco Aurélio Choy —
Os desafios de inserção no mercado de trabalho do crescente número de advogados. Mesmo com um exame de Ordem bastante rigoroso, muitos profissionais entram para os quadros da OAB todos os anos e isso resulta numa dificuldade muito grande de se posicionar dentro do mercado.

ConJur — Quais os efeitos da reforma trabalhista para os escritórios de advocacia?
Marco Aurélio Choy —
Ainda estamos avaliando. Os números apontam uma redução do número de ações trabalhistas, mas ainda não se sabe se foi um excesso de processos movidos no fim da vigência da antiga regra. Mas essa mudança deve ser monitorada porque a advocacia trabalhista responde pela fatia mais significante do mercado de trabalho da advocacia amazonense.

ConJur — O Ministério Público do Trabalho tem competência para ir a bancas fiscalizar se a figura do associado não está sendo usada para maquiar a relação de emprego?
Marco Aurélio Choy —
Não. Inclusive, a OAB do Amazonas teve uma interlocução direta com o Ministério Público do Trabalho e conseguiu equacionar essa situação.

ConJur — O que o senhor acha da investigação do Cade sobre a tabela de honorários da Ordem?
Marco Aurélio Choy —
Isso é um absurdo. O Cade tem muitas outras preocupações relacionadas à defesa econômica para analisar o mercado profissional da advocacia.

***

Esta entrevista integra uma série de conversas com os presidentes das seccionais da OAB. Leia as que já foram publicadas:
Marcos Vinícius Jardim (OAB-AC)

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!