Dívida dos brinquedos

Recuperação judicial da Gulliver é autorizada pela Justiça de São Paulo

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5 de setembro de 2017, 7h50

A fabricante e importadora de brinquedos Gulliver teve sua recuperação judicial deferida pela 6ª Vara Cível de São Caetano do Sul, em São Paulo. O juízo definiu que a KPMG será a administradora judicial da empresa.

Reprodução/Mercado Livre
Forte Apache foi um dos brinquedos mais famosos da marca.
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O juízo também suspendeu todas as ações ou execuções contra a Gulliver e determinou a apresentação mensal das contas da empresa enquanto a recuperação judicial ocorrer.

Os advogados da empresa, Nelson Marcondes Machado e Guilherme Marcondes Machado, alegaram que a crise financeira global, em 2008, e a crise brasileira, que se agravou a partir de 2014, contribuíram fortemente para o pedido de recuperação judicial.

De acordo com os representantes da Gulliver, o faturamento bruto da companhia foi caindo gradualmente conforme os anos, passando de 35,6 mil em 2011 para 7,9 mil no ano passado. A crise de 2008, afirmaram, contribuiu por conta da desvalorização de 47% do real ante o dólar, enquanto a brasileira afetou a produção industrial.

“Até o ano de 2012, a impetrante ainda contava com bastante mercadoria importada em seu estoque, o que a ajudou manter o faturamento em níveis elevados. Em 2013, porém, já sem recursos para adquirir mais produtos no exterior, a receita despencou a menos de 40% dos anos anteriores”, detalham os advogados.

Por fim, eles também destacam que o perfil dos principais consumidores dos produtos da Gulliver, as crianças mudou, saindo de bonecos e carrinhos para aparelhos eletrônicos, por exemplo, celulares e tablets.

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