Depoimento esperado

Defesa de Lula pede ao TRF-4 que advogado Tacla Duran seja testemunha

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15 de dezembro de 2017, 17h13

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira (15/12) ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região que o advogado Rodrigo Tacla Duran seja ouvido como testemunha. O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, já negou três vezes essa solicitação.

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Defesa de Lula pediu nesta sexta-feira ao TRF-4 que o advogado Rodrigo Tacla Duran seja ouvido como testemunha.
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Duran foi advogado da Odebrecht e, em recente depoimento à CPMI da JBS, acusou a "lava jato" de falsificar documentos e de orientar delações. Ele afirmou ainda que Carlos Zucolotto, também advogado e amigo do juiz Sergio Moro, intermediou negociações paralelas à força-tarefa da operação "lava jato".

Ao pedido dirigido ao TRF-4 foi anexado uma ata notarial emitida por escrivão que acompanhou videoconferência entre os advogados de Lula e Duran no dia 12 de dezembro. No documento, o advogado confirma que tem elementos para colaborar com a verdade dos fatos e que se considera apto para prestar depoimento por meio de carta rogatória ou de videoconferência.

Esclareceu ainda que seu depoimento vem sendo aceito como idôneo pelo Poder Judiciário de diversos países, como Estados Unidos e Equador, que estão remetendo cargas rogatórias para a Espanha com o objetivo de ouvi-lo.

Duran trabalhou para o Grupo Odebrecht entre 2011 e 2016 e é acusado de participar de esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina. Foi preso em Madri em novembro de 2016, por ordem de Moro, na "lava jato". Mas, por ter cidadania espanhola, não foi extraditado e desde fevereiro responde ao processo em liberdade na Espanha. O depoimento à CPMI foi feito por videoconferência no último dia 30.

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