Direito ao silêncio

Cachoeira não responde perguntas de parlamentares

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22 de maio de 2012, 17h01

Antonio Cruz/ABr
O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ficou calado no depoimento desta terça-feira (22/5) na CPI que o investiga por envolvimento com jogos ilegais, empresários, políticos e autoridades. O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, revogou a liminar que impedia a ida de Cachoeira ao Congresso Nacional. A decisão foi tomada na segunda (21/5). As informações são da Agência Câmara.

Carlinhos Cachoeira se recusou a responder as indagações dos parlamentares. O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), confirmou para a próxima quinta-feira (24/5) o depoimento dos envolvidos diretamente com o investigado.

Ele declarou que, por orientação dos advogados, só irá dar sua versão das acusações levantadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, depois de sua audiência na Justiça. "Depois, podem me chamar que eu irei falar", disse.

A decisão da CPI do Cachoeira, de conceder acesso ao inquérito à defesa do contraventor, foi tomada depois que o ministro Celso de Mello suspendeu o depoimento dele. Isso porque a defesa não teve acesso aos autos. O ministro afirma que, agora, não mais subsistem os motivos que justificaram a concessão da liminar que suspendeu o depoimento de Cachoeira.

Na decisão, Celso de Mello afirmou que a CPI permitiu aos advogados de Cachoeira, no fim de semana, “amplo acesso a todos os elementos e documentos probatórios existentes em poder de mencionado órgão de investigação parlamentar, não havendo notícia, contudo, de que tenham eles se utilizado de tal faculdade”.

Os advogados pediram cópias dos documentos e um prazo de três semanas para analisar o material antes do depoimento de Cachoeira. O pedido foi rejeitado pelo ministro. Para ele, não mais se justifica a alegação de cerceamento de defesa que deu origem a sua liminar.

 

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