Direitos humanos

Honduras cria comissão para investigar presídios

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22 de fevereiro de 2012, 17h16

Após o incêndio que matou mais de 350 pessoas, o presidente de Honduras, Porfirio Pepe Lobo, anunciou a decisão de criar uma comissão especial, formada por seis ministros. O objetivo é investigar o sistema penitenciário do país e apontar alternativas para evitar que o colapso nos presídios se repita. As informações são da Agência Brasil.

No dia 14, um incêndio atingiu a penitenciária de Comayagua, no norte de Honduras. No local havia mais de 800 pessoas, o dobro da capacidade de detentos. Ainda há 471 detentos hospitalizados. Os parentes dos mortos  pressionam as autoridades para a liberação dos corpos e a investigação das causas do incêndio. As autoridades informaram que há dificuldades na identificação dos corpos devido à gravidade das queimaduras. A Organização das Nações Unidas (ONU) também cobra uma investigação criteriosa sobre a situação dos presídios em Honduras.

Pelos dados das organizações de direitos humanos do país, 24 prisões enfrentam problemas de superlotação. Segundo essas organizações, as penitenciárias foram construídas para abrigar cerca de oito mil prisioneiros, mas sua capacidade foi excedida em até 50%. Em julho de 2010, o governo hondurenho declarou emergência em nove prisões que entraram em colapso por superlotação.

De acordo com o presidente de Honduras, farão parte da comissão os ministros dos Direitos Humanos, Ana Pineda; de Segurança, Pompeu Bonilla; de Planejamento, Julio Raudales; de Investimento Social,  Edgar Martinez; da Família, Felipe Morales; e do Desenvolvimento Social, Hilda Hernandez.

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