AP 470

Advogados defendem políticos do PP nesta quinta-feira

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9 de agosto de 2012, 7h06

As sustentações orais desta quinta-feira (9/8), no julgamento da ação Penal 470, o processo do chamado mensalão, serão, na maioria de advogados de réus ligados ao Partido Popular. Os réus Pedro Côrrea e Pedro Henry Neto eram deputados da legenda. O corréu João Cláudio Genu era assessor do partido. Os outros dois réus são o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, e o ex-sócio da corretora Bônus Banval, Enivaldo Quadrado.

A defesa de Henrique Pizzolato está por conta do advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, que deve trazer ao Plenário o conteúdo de laudos que provam que os fundos advindos da Visanet, empresa de pagamentos por via eletrônica, não têm origem pública, como acusou o Ministério Público Federal. O réu é acusado de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa por supostamente ter facilitado o pagamento de contratos fraudulentos entre a DNA Propaganda e o Banco do Brasil. A linha da defesa de Pizzolato deve ter argumentos em comum com a de Luiz Gushiken, cuja sustentação ocorreu nesta quarta-feira (8/8). Gushiken foi acusado de ter desviado recursos do Visanet, mas dada a ausência de provas, o próprio MP pediu sua absolvição.

A defesa do ex-deputado federal pelo PP, Pedro Corrêa, acusado de ser um dos parlamentares beneficiados pelo esquema de compra de apoio político é do advogado Eduardo Antônio Lucho Ferrão, que deve também questionar a falta de provas colhidas durante a instrução penal que atestem ato de ofício por "vantagem indevida” pelo seu cliente.

A mesma linha deve ser adotada pelos advogados José Antonio Duarte Alvarez, que defende o ex-deputado do PP, Pedro Henry Neto, e Marco Antonio Meneghetti, que defende João Claúdio Genu. Pedro Henry é acusado também de ser beneficiário do esquema. Genu, por repassar valores entregues pelo PT a deputados do PP.

O ex-sócio da corretora Bônus Banval, Enivaldo Quadrado, é acusado de usar sua empresa para pagar parlamentares do PP partindo de orientação de dirigentes do PT. Os recursos eram providenciados por Marcos Valério, segundo a Procuradoria-Geral da República. A sustentação oral em defesa de Quadrado deve ser feita pela advogada Priscila Corrêa Gioia.

Clique aqui para assistir os vídeos do julgamento do mensalão.

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