Segurança máxima

Rio transfere dez presos considerados perigosos

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25 de outubro de 2009, 13h49

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro transferiu neste sábado (24/10) para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS), mais dez detentos considerados de alta periculosidade que estavam no sistema penitenciário fluminense. Os detentos são suspeitos de ter ligação com a tentativa de invasão do Morro dos Macacos por criminosos, no sábado passado (17/10).
 

O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, afirmou que a transferência dos presos mostra que não haverá trégua para a criminalidade. Os delinquentes chegaram no início da tarde ao aeroporto da capital de Mato Grosso do Sul, em avião da Polícia Federal, para serem levados ao presídio. “A criminalidade tem que saber que nós estamos atuando e que não tem trégua do nosso lado. Não tem acordo, não tem trégua, não tem mudança de rumo. O embarque desses presos, hoje, para o presídio de segurança de máxima é mais uma demonstração da nossa política”, disse Cabral.

A transferência dos presos foi solicitada pela Secretaria de Segurança do Rio e autorizada pela Justiça fluminense. Eles são suspeitos de envolvimento com a tentativa de invasão do Morro dos Macacos por criminosos, no último dia 17. Várias pessoas, entre elas três inocentes, morreram nos confrontos que se seguiram. Três policiais também morreram, quando um helicóptero foi derrubado por criminosos.

O presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Vladimir Rossi Lourenço, repudiou a transferência dos presos. “Está na hora do governo construir presídios de segurança máxima em todas os estados da federação. Primeiro, para manter o preso próximo do local onde é processado e não transformar cidades tranquilas, como Campo Grande, num depositório dos fora da lei.”

Segundo Vladimir, que reside há mais de 40 anos na capital sul-matogrossense, a população de Mato Grosso do Sul não pode ser o “colchão almofadado da União”. Ele lembrou que em matéria de segurança pública o dever é do estado mas a responsabilidade é de todos, como diz a Constituição. “Isto vale para os cidadãos e também para o governo”, concluiu o presidente em exercício da OAB. Os bandidos, todos chefes importantes do crime organizado do Rio de Janeiro, foi uma resposta do governo estadual aos últimos acontecimentos.

Em janeiro de 2007, 12 presos foram levados para o presídio federal de Catanduvas (PR). Outros estados como a Bahia e o Espírito Santo também já transferiram grandes números de presos. As transferências de hoje foram autorizadas pelo Ministério Público e posteriormente pelo Tribunal de Justiça do Rio. Com informações da Agência Brasil e da Assessoria de Imprensa da OAB.

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