Dinheiro do BNDES

Paulinho da Força será investigado pelo Supremo

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30 de maio de 2008, 14h44

O Supremo Tribunal Federal acolheu pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, na quarta-feira (28/5), e instaurou inquérito contra o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). O objetivo é investigar o envolvimento do deputado em suposto esquema de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O MPF recorreu ao Supremo porque, por sua condição de deputado federal, Paulinho só pode ser investigado com autorização da Corte. Ainda não foi designado relator para o caso.

O processo, inicialmente, foi distribuído para a ministra Ellen Gracie sob a alegação de que ela já teria relatado ações sobre o assunto. A ministra informou, porém, que o caso envolvendo o BNDES era diferente do que ela havia cuidado e devolveu o processo para a distribuição.

A Operação Santa Tereza, deflagrada pela Polícia Federal no dia 24 de abril, investiga o envolvimento de empresários, advogados e servidores públicos em “prostituição, tráfico de pessoas, fraudes em financiamentos do BNDES e lavagem de dinheiro”. De acordo com a Polícia Federal, há dois financiamentos do BNDES sob suspeita liberados no início do ano — um no valor de R$ 130 milhões para a prefeitura de Praia Grande, outro de R$ 220 milhões para as Lojas Marisa.

No último dia 2, o juiz substituto Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, aceitou denúncia e abriu processo contra 13 investigados na operação.

Conselho de Ética

Um processo por quebra de decoro parlamentar também foi protocolado, na terça-feira (27/5), contra Paulinho no Conselho de Ética da Câmara. Ainda não foi designado relator para o caso.

Em nota divulgada no mesmo dia, Paulinho disse que está sofrendo “implacável perseguição política” e pediu que o Conselho de Ética abrisse um processo para que ele pudesse se defender.

Com informações do portal G1

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