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Parceria entre as construtoras Gautama e LJA acabou em 2003

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26 de maio de 2007, 16h32

Como tem acontecido nas sucessivas operações atribuídas à Polícia Federal (mas que na verdade são movidas pelo Ministério Público e pela Justiça), a chamada Navalha (originalmente Navalha na Carne, já que teria como alvo integrantes da PF), vai aos poucos redirecionando seu foco, ao tropeçar em inconsistências.

Uma delas emerge com a reação de um antigo sócio de Zuleido Veras, que rompeu com o personagem nuclear da trama mas, ainda assim, se vê enredado na multifacetada história divulgada pelos investigadores do caso.

A parceria entre as construtoras Gautama e a LJA acabou em outubro de 2003. Desavenças entre Zuleido Veras, da Gautama, e Latif Jabur Abdu, da LJA, levaram ao rompimento da sociedade. No ato da cisão, houve a divisão das obras a que dariam seguimento, separadamente.

Em reportagem, o site Contas Abertas, diz que uma ligação telefônica interceptada pela Polícia Federal deixou claro o desentendimento existente entre Zuleido e Latif. No telefonema, o proprietário da Gautama agradece ao jornalista Cláudio Humberto por uma nota publicada contrária a Latif.

No entanto, o Contas Abertas afirma que a construtora LJA aparece como sócia minoritária da Gautama no cadastro federal das prestadoras de serviço à União, publicado em outubro de 2006. A defesa da LJA contesta a informação. Esclarece que o rompimento entre as empresas aconteceu em 2003, como comprova o documento de cisão arquivado na junta comercial. O cadastro federal está desatualizado e leva a conclusão equivocada. “A LJA e o sr. Latif não têm qualquer participação na Gautama após essa data”, afirma o advogado da empresa José Luís de Oliveira Lima.

A LJA esclarece ainda que os contratos para a construção das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s) do Sal e a de Muçungo, ambas em Goiás, fazem parte da divisão de contratos feita em 2003, com a cisão da parceria existente entre as construtoras. “Tais PCH’s ainda estão em fase de licenciamento ambiental, não havendo ainda a realização de qualquer obras”, afirma Oliveira Lima.

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