Acordo negado

PF recusa proposta de parcelamento de reajuste do governo

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9 de maio de 2007, 0h01

Após ter cancelado a greve que seria feita às vésperas da visita do Papa Bento XVI, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e representantes das outras entidades de classe do Departamento de Polícia Federal se reuniram nesta terça-feira (8/5), às 17h, com representantes do ministério do Planejamento.

Os representantes do governo federal apresentaram a proposta de reajuste salarial aos policiais federais. O governo ofereceu a segunda parcela do reajuste salarial dividida em três vezes: a primeira em 2008, a segunda em 2009 e a terceira em 2010.

A Fenapef e as outras entidades rechaçaram a proposta do governo e, na mesma reunião, apresentaram uma contraproposta, também dividida em três vezes. A primeira parcela retroativa a janeiro; a segunda no mês de maio deste ano e a última em janeiro de 2008. As entidades sindicais e o governo devem retomar a negociação na próxima sexta ou na segunda-feira (14/5).

No último encontro entre governo e policiais, os técnicos do Ministério da Justiça reconheceram o compromisso assumido com os policiais federais em 2006 que dividia a recomposição salarial em duas parcelas.

O presidente da Fenapef, Marcos Vinício Wink, ressalta que os sindicatos deram um voto de confiança ao governo ao cancelarem a paralisação desta segunda e terça-feira. “Esperamos sair do encontro com uma proposta concreta do governo”, disse o presidente. Segundo ele, os policiais federais mantiveram o restante do calendário de mobilização. No decorrer do mês de maio, conforme as negociações avançarem, ele será avaliado.

Os agentes federais já estão em estado de greve desde o dia 15 de fevereiro. O motivo alegado é o não cumprimento do acordo assinado no dia 2 de fevereiro de 2006, com o então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. O compromisso dizia que haveria um reajuste salarial de 70% dividido em duas parcelas, de 35% cada.

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