Execuções em debate

Manifestantes contra pena de morte são presos nos EUA

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19 de janeiro de 2007, 12h26

A Suprema Corte dos Estados Unidos nunca discutiu tanto a pena de morte como nos últimos tempos. Esta semana, a Corte debateu casos de execuções de três assassinos do Texas. Nove manifestantes contra a pena de morte foram presos defronte à Corte por carregarem uma faixa de nove metros onde se lia: “Parem com as execuções”. As informações são do site Findlaw.

A pena de morte foi retomada nos Estados Unidos há exatamente 30 anos. Na quarta e quinta-feira, ocorreram audiências dos três casos. Na quarta-feira, as discussões judiciais aconteceram na mesma hora em que o estado do Texas executava seu 381º prisioneiro, desde 1976. O Texas bate o recorde nacional de execuções nos Estados Unidos.

LaRoyce Lathair Smith esteve na Suprema Corte pela segunda vez. Ele foi condenado à morte por ter matado Jennifer Soto, uma atendente da lanchonete Taco Bell, a quem ele esfaqueou e baleou, numa tentativa de roubo frustrada.

Em 2004, os juízes suspenderam a sentença de morte de LaRoyce Lathair Smith, ao levarem em conta que os jurados não tinham tido acesso aos dados de que ele sofrera abusos e violência extrema quando criança. Mas a Corte de Apelações do Texas entendeu que as informações sobre a infância, ao terem sido omitidas dos jurados, constituíam “fato irrelevante”.

Os outros casos foram os de Brent Ray Brewer e Jalil Abdul-Kabir. A Quinta Corte de Apelações manteve a pena de morte imposta aos dois, que ainda terão mais audiências. Os juízes também se dividiram na análise dos dois casos. Haverá mais audiências.

Nos últimos 30 anos ocorreram 1.060 execuções nos Estados Unidos para cumprir penas de morte. Depois de retomada a pena, em 1976, o primeiro executado foi Gary Gilmore, que enfrentou um pelotão de fuzilamento no estado de Utah em 17 de janeiro de 1977.

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