A cópia do milhão

Autores tentam provar que o Código da Vinci é plágio

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17 de janeiro de 2007, 12h10

Dois autores que falharam no propósito de convencer a Alta Corte Inglesa de que Dan Brown, autor do livro Código Da Vinci, roubou suas idéias na obra, levaram nesta terça-feira o caso a uma corte de apelações. As informações são do site Findlaw.

Michael Baigent e Richard Leigh sustentam que Brown teria chupado do livro de autoria deles O sangue sagrado e o Santo Graal o tema central para o Código Da Vinci. Ambas as obras lidam com o mesmo axioma: de que Jesus Cristo e Maria Madalena teriam se casado e tido um filho, cuja linhagem se perpetuaria até hoje.

Em abril de 2006 o juiz Peter Smith determinou que a editora Random House, que editou o Código, não havia ferido direitos autorais. O juiz entendeu que Baigent e Leigh promoveram litigância de má fé baseada em “argumentos artificialmente retirados do Código”.

Os autores tiveram de pagar 85% das custas processuais de defesa desembolsadas pela Random House, estimadas em US$ 2,6 milhão. O livro de Baigent e Leigh, também publicado pela Random House, foi lançado há 20 anos e, a exemplo do Código, foi um best-seller.

A Suprema Corte dos Estados Unidos já havia decidido a favor de Dan Brown, em novembro de 2006, em outra ação movida pelo escritor Lewis Perdue. A Corte recusou-se a considerar as acusações de que o autor tenha infringido direitos autorais.

Perdue alegou que o livro de Dan Brown é “substancialmente similar” ao seu livro, Filha de Deus, escrita muitos anos antes da publicação, em 2003 do Código. A obra de Dan Brown já vendeu 60,5 milhões de cópias em todo o mundo.

Perdue, que pediu uma indenização de US$ 150 milhões, alegou que Dan Brown copiou a premissa básica de sua obra – a de que a história é controlada por vitoriosos, não por perdedores, além da importância dada ao imperador romano Constantino, ao ter requerido a transição de uma religião dominada por mulheres por uma dominada por homens.

Em agosto passado, John F. Dnn, escritor de Massachusetts, pediu US$ 400 milhões de indenização do autor Dan Brown. Dunn alega que Brown teria se apropriado de boa parcela de seu livro The Vatican Boys, publicado em novembro de 1997.

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