Operação GNV

Polícia civil do Rio investiga fraude na venda de kit de gás

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11 de dezembro de 2007, 12h18

A polícia civil do Rio de Janeiro deflagrou, na manhã desta terça-feira (11/12), a Operação GNV por fraude na homologação de kit de conversão de gás de motores de carros. A polícia cumpre 26 mandados de prisão na baixada fluminense, zona sul e Niterói. Pelo menos 20 pessoas já foram. A operação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Polícia Civil do estado. A sigla que dá nome à operação se refere a Gás Natural Veicular, o combustível dos carros a gás.

O esquema, investigado há seis meses, consiste na venda de kits de gás, possivelmente roubados, para as oficinas que fazem a conversão dos motores. Estas empresas são acusadas de colocar certificados falsos do Inmetro nos cilindros e de instalar os produtos adulterados nos veículos.

O engenheiro Sério Kina, gerente técnico do Instituto de Qualidade Automotiva (certificadora de kits GNV) explicou ao ConJur que, para receber o certificado do Inmetro, os cilindros passam por testes de resistência de impacto, de avaliação de riscos de vazamento e rompimento (testes hidrostático), e de matéria-prima. “Os produtos que não passem por este processo oferecem riscos à segurança do usuário, como por exemplo, vazamento de gás e principalmente explosão”.

Kina ressalta que não é apenas o cilindro que oferece risco e sim todo o kit. “Todo o sistema de instalação é importante. A válvula ou a tubulação usada na instalação também impõem risco à segurança.”

Durante a Operação GNV, foram apreendidos mais de R$ 70 mil e vários cilindros de gás sem documentação. Cerca de 180 policiais de 23 delegacias participam da operação. O responsável é o delegado Flávio Brito, do 54º Distrito Policial (Belford Roxo).

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