Democracia adulta

Empresário acusado de explorar prostituição pede asilo político

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29 de agosto de 2007, 12h16

O empresário Oscar Maroni, preso desde o dia 14 de agosto, pediu asilo político a sete países, segundo informações de seu advogado, Daniel Majzoub. O pedido foi feito para a Suécia, Dinamarca, Holanda, Alemanha, Canadá, Uruguai e Panamá. Majzoub afirma que os países foram escolhidos por terem “uma democracia mais adulta, onde a questão da prostituição é vista de maneira mais atualizada.” O advogado do empresário afirma, também, que encaminhou uma carta a um senador republicano dos Estados Unidos para explicar o caso de seu cliente e pedir o asilo político. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

A defesa do empresário, dono da Boate Bahamas e do Oscar’s Hotel, diz, ainda, que Maroni não teve chance de se defender das acusações e que se comprometeu a entregar seu passaporte, como garantia que não vai deixar o país. “O asilo político é uma opção”, diz Majzoub, argumentando que seu cliente foi absolvido sete vezes da acusação de ter uma casa de prostituição. Para ele, a absolvição mostra que Maroni também não explora a prostituição, não incentiva nem trafica mulheres.

O advogado do empresário afirma que seu cliente recebeu convites de dois partidos políticos para concorrer à prefeitura de São Paulo. “Ele é um potencial candidato, assim como o Kassab (atual prefeito de São Paulo)”, afirmou Majzoub. Desde a decisão da prefeitura, de fechar o Bahamas e interditar as obras do Oscar’s Hotel, a defesa de Maroni tem acusado o prefeito. “Ele se julga acima do poder”, diz o advogado.

“Maroni tem família, quatro filhos e um neto. Ele se dispõe a entregar o passaporte”, afirma a defesa, argumentando que o empresário é um “preso político em um regime democrático”, já que não teve a chance de prestar depoimento se defendendo das acusações.

Segundo Majzoub, os países sinalizaram de maneira positiva. Porém, para que uma pessoa receba asilo político é necessário aprovação da ONU. “Aguardamos o trâmite burocrático da ONU e já denunciamos o caso para a Human Rights Watch”, afirmou o advogado, dizendo que apelou à organização que defende os direitos humanos pelo mundo.

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