Estragos do furacão

OAB e Tarso Genro discutem reflexos da Operação Hurricane

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13 de abril de 2007, 18h26

A OAB e o Ministério da Justiça vão discutir, na noite desta sexta-feira (13/4), as conseqüências da Operação Hurricane, deflagrada nesta sexta pela Polícia Federal. Foram presos desembargadores, procuradores e até irmão de ministro. Vão se reunir o presidente da OAB, Cezar Britto, e o ministro da Justiça.

Britto já entrou em contato com os presidentes das seccionais da Ordem e das comissões de prerrogativas dos advogados dos estados em que ocorreram as prisões. O presidente nacional da OAB foi informado que, nos casos de busca a apreensão em escritórios de advocacia, foi enviado um representante da entidade.

Na operação desta sexta, foram cumpridos 25 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão. Entre os presos estão os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, José Eduardo Carreira Alvim e José Ricardo de Figueira Regueira, o procurador regional da República no Rio, João Sérgio Leal Pereira, e o irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina, o advogado Virgílio Medina.

Também foram detidos Anísio Abraão David, ex-presidente da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis; Capitão Guimarães, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro; Antônio Petrus Kalil, conhecido como Turcão, apontado pela Polícia como um dos mais influentes bicheiros do Rio; a corregedora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Suzi Pinheiro Dias de Matos; o juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, Ernesto da Luz Pinto Dória.

As investigações que resultaram na Operação Hurricane tiveram início com a identificação de uma organização criminosa especializada e estruturada para a prática de vários crimes, incluindo exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influências e receptação.

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