O dia do Tribunal

Em clima de expectativa, TSE divide a cena com candidatos

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29 de outubro de 2006, 18h08

Ao longo de todo o dia, o Tribunal Superior Eleitoral foi recebendo e repassando informações de todos os estados brasileiros aos jornalistas presentes no enorme comitê de imprensa montado especialmente para essa finalidade.

Notícias como o número de infratores presos, problemas com urnas, incidentes diversos, como o caso do juiz que levou a urna para sua casa e acordou tarde. Até que o caso se esclareceu, a notícia que recheou o dia dos repórteres era de que o equipamento fora roubado.

No próprio TSE pelo menos 263 pessoas justificaram-se pela impossibilidade de votar em seus estados. Grande parte, jornalistas. Predominaram os eleitores oriundos de Minas, São Paulo e Goiás.

Deram entrevistas coletivas o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Cesar Asfor Rocha; o diretor do tribunal, Athayde Fontoura Filho; o secretário de tecnologia, Giuseppe Dutra Janino; e, por fim, o próprio presidente do Tribunal, Marco Aurélio Mello.

“A Justiça Eleitoral saiu fortalecida”, concluiu o ministro-presidente, antes mesmo do fechamento das urnas. Ele enfrentou uma boa fila para cumprir sua obrigação. No seu título, uma curiosidade: quem o assina, em nome da justiça eleitoral é sua própria mulher, a desembargadora Sandra de Santis. O ministro votou pela manhã e não quis furar a fila, embora lhe tenham oferecido a prerrogativa. “Dizem que o brasileiro gosta de fila”, brincou o ministro.

Assunto extra

No meio da tarde, os advogados do PT e do governador do Amazonas, Eduardo Braga trouxeram ao tribunal suas alegações finais em relação ao processo em que Lula é acusado de ter usado atos públicos, como inauguração de obras, como meio de propaganda eleitoral. Lula e o governador são alvo de um pedido de investigação para apurar possível abuso de poder político e de autoridade.

Recebida as defesas, o corregedor-geral vai examiná-las e encaminhá-las para colher o parecer do Ministério Público. Na volta, Asfor Rocha leva a matéria ao colegiado para decidir se o caso será arquivado ou se as investigações serão iniciadas.

O dia correu tranqüilo quanto ao movimento de ações e representações. Os sete ministros do TSE estão em Brasília e de plantão neste domingo (29/10). O presidente da Casa só chegou ao tribunal depois das 17h, acompanhado de seu colega Ayres Britto. Todos os integrantes da Corte devem se reunir para acompanhar a apuração dos votos.

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