Torres gêmeas

Marroquino condenado por causa de atentados nos EUA vai recorrer

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21 de novembro de 2006, 8h43

Um marroquino acusado de ter ajudado os pilotos suicidas dos atentados de 11 de setembro de 2001 vai apelar de sua condenação na Suprema Corte alemã, informou seu advogado em Frankfurt, na Alemanha, na noite de domingo (19/11). Mounir el Motassadeq, de 32 anos, foi condenado a sete anos de cadeia este mês. Ele é acusado de fazer parte da organização terrorista que promoveu os atentados. As informações são do site FindLaw.

Mounir el Motassadeq é acusado de ter ficado a par do plano montado pelos terroristas Mohamed Atta, Marwan al-Shehhi and Ziad Jarrah para seqüestrar e explodir os aviões contra alvos norte-americanos. Mounir el Motassadeq era amigo íntimo dos três seqüestradores quando viveu e estudou em Hamburgo, na Alemanha. Segundo a acusação, ele obteve conhecimentos de técnicas de seqüestro após ter recebido treinamento formal num campo da Al Qaeda, no Afeganistão. Mounir el Motassadeq continua insistindo que nada sabia dos planos de ataque nos Estados Unidos.

O juiz alemão Klaus Tolksdorf entendeu que Motassadeq ajudou a cuidar dos seqüestradores, dar-lhes conselhos, guarida, além de fazer com que mantivessem a aparência de estudantes universitários, pagar suas contas e cuidar de suas transferências bancárias. O juiz decidiu também que era irrelevante o fato de Mounir el Motassadeq saber ou não da data dos ataques, de suas dimensões e alvos.

A Corte de Apelações remeteu, a pedido do Ministério Público alemão, o caso de volta para sua comarca inicial, em Hamburgo, na tentativa de que Mounir el Motassadeq tenha sua pena aumentada de 7 para 15 anos de condenação.

O advogado de Mounir el Motassadeq, Ladislav Anisic, disse que seu cliente já passou três anos na cadeia e agora usará todas as suas forças legais para que as pessoas acreditem em sua versão.

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