Crimes globalizados

ONU defende mais cooperação entre juízes para combate ao crime

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16 de novembro de 2006, 15h46

A única solução para o combate ao crime internacional passa pela cooperação entre juízes de diversos países. A opinião é da chefe do setor de Aconselhamento Jurídico do Escritório de Drogas e Crime (UnoDC) da ONU, Kimberly Prost.

Kimberly diz que a cooperação internacional entre os juízes melhorou nos últimos cinco anos, mas que ainda não é suficientemente forte. Segundo ela, a cooperação vai desde transferências de presos e processos de extradição até a busca de evidências que devem ser envidas ao juiz estrangeiro.

Segundo Kimberly, a cooperação ainda deve ser mais bem elaborada pelos países e os juízes federais não devem medir esforços para enviar as evidências contra acusados para o país de origem. Para ela, o pedido de informações a um juiz de outro país por carta rogatória é um processo lento demais para se obter uma cooperação efetiva.

A chefe do aconselhamento jurídico da ONU reconhece que ainda existem muitas dificuldades para que a cooperação internacional seja bastante atuante. Entre as dificuldades, ela ressalta a falta de compreensão entre os países envolvidos, a diferença entre as legislações e a falta de recursos para implantar uma maior cooperação.

Porém, ressalta que “os juízes tem que ter disposição. Quanto mais obstáculos se colocam mais dificuldades os países têm de obter provas e julgar acusados de crimes internacionais.”

Kimberly participou do painel Cooperação Jurídica Internacional. O painel aconteceu no 23° Encontro Nacional dos Juízes Federais do Brasil, promovido pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe), em Muro Alto, Pernambuco. O evento que começou na quarta-feira (15/11) vai até sexta (17).

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