Caso Francenildo

MPF pede mais investigações da violação do sigilo de Francenildo

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2 de maio de 2006, 20h18

Para o Ministério Público Federal, as investigações sobre a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa ainda não são suficientes. O MP enviou, nesta terça-feira (2/5), os autos do inquérito policial para a 10 ª Vara da Justiça Federal de Brasília. Eles querem que o prazo para a conclusão do inquérito seja prorrogado por mais 30 dias.

Segundo os procuradores Gustavo Pessanha Velosso e Lívia Nascimento Tinoco, apesar de os fatos já estarem bem delineados, ainda é necessário esclarecer as circunstâncias em que ocorreram os delitos.

No parecer enviado à Justiça, os procuradores pedem várias diligências ao delegado Rodrigo Carneiro, responsável pelo inquérito. Entre os pedidos estão novos depoimentos de Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, do secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e do chefe de gabinete do ministro da Justiça, Cláudio Alencar.

Os procuradores estão solicitando também o arquivamento de parte do inquérito onde Francenildo é investigado por lavagem de dinheiro. O sigilo bancário do caseiro foi quebrado enquanto ele depunha à CPI dos Bingos no Senado.

O escândalo do vazamento dos dados sigilosos para a imprensa foi responsável pela queda do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Em depoimento à Polícia, Jorge Mattoso confessou que entregou os dados bancários do caseiro para Palocci.

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