Espionagem em Miami

Professor e mulher confessam espionagem para tentar reduzir pena

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20 de dezembro de 2006, 9h56

Um professor de psicologia cubano e sua mulher admitiram suas culpas, no processo em que são acusados de espionagem, na tentativa de reduzir a pena. O caso corre em Miami. Ambos, segundo o site FindLaw, espionaram a comunidade cubana em Miami por décadas a pedido do regime de Fidel Castro.

Carlos Alvarez, 61 anos, admitiu ter culpa em processo de conspiração. A sua mulher Elsa Alvarez, 56 anos, confessou saber das atividades ilegais do marido, embora tenha dito que falhou “em denunciar tudo isso às autoridades”.

Carlos Alvarez foi condenado 5 cinco anos de cadeia e sua mulher a três em sentença concedida pelo juiz K. Michael Moore, em 27 de fevereiro passado. Ele era professor da Florida International University. O FBI prendeu o casal em fevereiro passado. A investigação incluiu grampos instalados no quarto deles.

Com o codinome “David”, Carlos Alvarez usava um rádio de ondas curtas para se comunicar com o serviço secreto cubano, diz a acusação. Tudo isso é negado pelo advogado de Carlos Alvarez, Steve Chaykin. “Era apenas um envolvimento decorrente de idealismo ingênuo”, alega. Já a advogada de Elsa, Jane Moscowitz, argumenta que o papel dela “foi simplesmente ter cometido a ofensa de ser mulher dele”.

Carlos Alvarez está atrás das grades. Elsa está livre porque pagou fiança de US$ 400 mil.

O procurador do caso, R. Alexander Acosta, avalia que “o caso é um marco a lembrar que há entre nós aqueles que, gozando da liberdade que nosso país oferece, continuam a servir aos interesses de outro mestre”.

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